Imaculada Conceição refere-se a um dogma através do qual a Igreja declarou que a concepção da Virgem Maria foi sem a mancha do pecado original. Desde o primeiro instante de sua existência, a Virgem Maria foi preservada do pecado pela graça de Deus. O dogma declara também que a vida da Virgem Maria transcorreu completamente livre de pecado.

Desde os tempos da Igreja primitiva, os fiéis sempre acreditaram que Maria, a Mãe de Jesus, nasceu sem o pecado original. Tanto no Oriente como no Ocidente, há grande devoção à Maria enquanto mãe de Jesus e Virgem sem Pecados. No começo do cristianismo o dogma da Imaculada Conceição já era tida como uma verdade de fé para os fiéis.

O dia da festa da Imaculada Conceição foi definido em 1476 pelo Papa Sisto IV. A existência da festa era um forte indício da crença da Igreja na Imaculada Conceição, mesmo antes da definição do dogma no século XIX. No dia 8 de dezembro de 1854, dia da festa, o Papa Pio IX, com a bula (documento papal) intitulada Ineffabilis Deus proclamou:

Em honra da Trindade (…) declaramos a doutrina que afirma que a Virgem Maria, desde a sua concepção, pela graça de Deus todo poderoso, pelos merecimentos de Jesus Cristo, Salvador do homem, foi preservada imune da mancha do pecado original. Essa verdade foi-nos revelada por Deus e, portanto, deve ser solidamente crida pelos fiéis.

Santa Bernadete Soubirous (1844-1879), a jovem que viu Nossa Senhora em Lourdes, disse que Nossa Senhora se auto definiu dizendo assim: “Eu sou a Imaculada Conceição.” Isso aconteceu em 1858, apenas quatro anos após a definição do dogma.

Todos os estudiosos consideram quase impossível que uma adolescente como Bernadete, vivendo num lugarejo pequeno como era Lourdes, soubesse da proclamação do dogma e muito menos o seu significado. Por isso, as aparições de Nossa Senhora em Lourdes são consideradas como uma confirmação celestial do dogma da Imaculada Conceição. Esta é uma das três aparições de Nossa Senhora consideradas verdadeiras pela Igreja Católica.