Um reino é constituído de um dirigente numa região que deve garantir o cuidado e o bem-estar de todos que lá vivem.

Embora seja hoje considerada uma forma de governo já ultrapassada, existem ainda em algumas regiões, países com realezas, agora partilhando o governo com representantes eleitos pelo povo, formando um parlamento. Às vezes o (a) monarca pode ser a autoridade absoluta, mas tem sido mais comum ser apenas um chefe de estado, donde vem a frase “A rainha (da Inglaterra) reina, mas não governa.

Alguns reinos são garantidos pela hereditariedade, ou seja, de pai para filho. Dependendo das leis de sucessão de cada reino, os príncipes e as princesas, o futuro do governo do reinado, só podiam se casar com nobres. Obviamente há trocas, garantias na união entre os reinos, geralmente vizinhos, como trocas comerciais, união bélica contra inimigos comuns, entre outros objetivos. Um casamento é, portanto, a garantia de um futuro para o reino (o país e o povo). No entanto, temos vários relatos históricos demonstrando que a sucessão numa monarquia pode ser um sério problema, principalmente quando não há herdeiros legítimos, surgindo atentados e até mesmo guerras.

Jesus Cristo quando veio ao mundo pregou a existência de um reino que é divino. Ele como Deus é o rei deste reino que como ele mesmo respondeu a Pilatos, não é deste mundo.

Inspirada no livro do Apocalipse a arte tentou representar o retorno de Jesus, como um rei guerreiro sobre um cavalo ou carro de guerra, liderando seus cavaleiros, os anjos, que destroem outro reino, o de satanás, estabelecendo, de uma vez por todas, seu reino eterno.

Ao ensinar os discípulos a rezar, depois que estes mesmos lhe pedem a fazê-lo, Jesus lhes oferece uma fórmula perfeita, hoje repetida todos os dias por aqueles que confiam em sua mensagem. Nesta oração rezamos: venha a nós o vosso reino.

Lá, sob as garantias de seus cuidados, não existe dor, fome ou qualquer sofrimento. Há apenas a alegria de estar com ele para sempre. Aliás, nós afirmamos no credo que se trata realmente de um reino eterno quando dizemos: e o seu reino não terá fim.

Zombando da pregação de Jesus em meio ao povo, os soldados o vestem com um manto real e o coroam com espinhos, que a arte legou como o ecce homo – eis o homem – quando Pilatos o exibiu à multidão. Esta imagem tornou-se popularíssima no Brasil conhecida como O BOM JESUS. Em muitos lugares esta imagem sai em procissão durante a Semana Santa. Em Pirapora do Bom Jesus, na região metropolitana de São Paulo, há um importante santuário com uma imagem do Bom Jesus considerada milagrosa.

Sabemos que os apóstolos foram os discípulos mais próximos de Jesus. A eles o Salvador revelou informações muito intimas. Nem tudo nos foi relatado nos evangelhos. São ensinamentos únicos, além é claro, de um treinamento para a função a que receberam. Eles levaram a cabo as instruções e por isso mesmo receberam a palma do martírio, salvo João, que morreu muito idoso de causas naturais. Eles legaram às gerações subsequentes os ensinamentos do Mestre e tornaram-se seus ministros mais próximos. Sinal desta posição encontramos no apocalipse em que o santo vidente vê ao redor do trono do cordeiro, a presença de doze conselheiros, alusão direta às tribos de Israel e ao mesmo tempo aos apóstolos.

Outro símbolo e o mais importante da realeza de Cristo, encontramos na crucificação, quando Pilatos manda escrever numa taboa a causa da condenação, ou seja, de que ele é o rei dos judeus. Trata-se de um rei rejeitado. Os mestres da lei e os fariseus se incomodaram com a inscrição. Pilatos afirmava que Jesus era rei. Já os judeus exigiram que o governador alterasse a placa dizendo que quem afirmava ser rei era Jesus, que se fez assim, mas que segundo os acusadores ele não era seu rei. Seja como for, Pilatos os ignorou e deixou a inscrição como estava escrita “Jesus nazareno, rei dos judeus”, em três línguas: hebraico, latim e grego.

A Igreja, a fim de popularizar a concepção da realeza de Cristo instituiu uma festa especial para celebrá-la. Ela ocorre no último domingo do ano litúrgico, ocasião de encerramento de um ano que pode ter sido bom ou não, mas que apesar de tudo, confiamos nossas vidas a um rei que não é um homem comum, mas Deus mesmo. Ao celebrar Cristo Rei, desejamos fazer parte de seu reino eterno.

 

 

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