A todo cristão é ensinado que após a morte irão para o céu, como resultado da graça de Deus e da prática das boas obras neste mundo. Maria é a primeira cristã, pois foi a primeira que acreditou. Já na anunciação do anjo, mesmo sem entender direito, aceitou a proposta de Deus para sua vida como cooperadora no projeto da salvação. Aceitou ser mãe daquele que viria salvar a humanidade. “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a sua vontade.” (Lc 1, 38)

Maria foi a protetora e a educadora do Cristo. Junto com seu marido José, teve a responsabilidade de cuidar do Filho de Deus.

Maria teve toda sua vida voltada para Jesus, mesmo antes da abordagem do arcanjo Gabriel. Deus a escolheu antes do seu nascimento, assim como disse ao profeta: “Antes de te formares no seio de tua mãe eu te conhecia e te consagrei.” (Jr 1, 5) Após o anuncio e nascimento do Messias, temos diversos relatos sobre o cuidado de Maria para com Ele.

É preciso dizer que a escritura sagrada é um texto por vezes difícil de entender. Muitos de nós já questionaram sobre a passagem em que Maria e outros familiares de Jesus o procuram numa de suas pregações à multidão. Ao ser dito a Jesus que sua família encontra-se à porta do lugar, Jesus retruca: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?” (Mt 12, 48) Parece uma atitude insolente de Jesus para com os seus. No entanto, sua resposta exalta ainda mais os membros de casa e de seu sangue, quando diz: “Minha mãe e meus irmãos é todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.” (Mt 12, 49-50) Ora, Maria faz a vontade de Deus ao humildemente dizer SIM a Ele. Seguia os mandamentos e ouvia a mensagem de Jesus, vivendo-os autenticamente em sua vida. Desta maneira, Maria está ligada a Jesus tanto na carne, por ser sua mãe, quanto no sentido espiritual por praticar seus ensinamentos.

O resultado para quem vive a mensagem de Jesus é o céu. Desta maneira, a Igreja ensina que Maria subiu aos céus. Mas diferente de todos os demais, ela teve privilégios. O Verbo encarnado não poderia ser gerado num corpo maculado pelo pecado. Por isso, Maria foi preservada de tal mancha, motivo pelo qual, não poderia ela morrer. Sendo assim, foi ela elevada de corpo e alma para os céus. Foi assunta, não se elevou por si só, mas o próprio Deus a trouxe para si.

A Virgem Maria é a mulher mais retratada na arte. Os maiores artistas da humanidade lhe deram especial atenção. Cenas de sua vida, obviamente todas vinculadas a seu Filho, embelezam igrejas, palácios e diversos outros ambientes, para nos lembrar que subir ao céu é possível, basta seguir sua sugestão: “Fazei tudo o que Ele vos disser!” (Jo 2, 5)

A assunção de Maria, a ser celebrada em 15 de agosto é o mais recente dos dogmas marianos. Foi proclamado em 1950 pelo venerável Papa Pio 12 (1876-1958). Os outros dogmas são: sua maternidade, Maria é indiscutivelmente Mãe de Deus; Ela é perpetuamente virgem; e também concebida sem pecado original. São confirmações do que já se discutiam, afastando todo o erro, reconhecendo que Maria é santa. Como a pátria dos santos é o céu, lá ela está.

 

 

 

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