A cidade de São Paulo nasceu de uma ação cristã, dia de festividade cristã, conversão do Apóstolo Paulo, 25 de janeiro, razão pela qual a então vila, no ano de 1554 recebeu o nome do apóstolo dos gentios.

O cristianismo se destacou ao longo da história e nos dias atuais pela ação na sociedade. Fundação de hospitais e escolas tem sido prática comum por onde passou a Igreja ou um seu representante. Foi assim em São Paulo. Foram fundados simultaneamente uma vila (cidade) e um colégio. Não imaginavam seus fundadores, os padres e irmãos jesuítas, que cresceria a tal ponto aquele colégio no planalto de Piratininga. Com toda certeza, se viajassem no tempo, não reconheceriam nada daquela época, nem mesmo a igreja e o colégio. O rio Tamanduateí, não está tão próximo como antes. Nem limpo. As tribos são outras. Os métodos de evangelização são também outros. Mas empreenderiam um movimento de renovação, tão próprio dos cristãos, para transmitir a Palavra de Deus.

 

A maior cidade da América Latina surge da educação e da fé. Ambas, sofrem com abusos diversos. Por isso, a missão nos dias atuais torna-se ainda maior.

Apesar das dificuldades, encontramos por toda a cidade quem dá continuidade ao trabalho de Manuel da Nóbrega e Leonardo Nunes, assim como o fez posteriormente a estes, São José de Anchieta. Aliás é uma cidade de santos. Além do Apóstolo do Brasil, São Paulo ofereceu aos altares, Santo Antônio de Santana Galvão, Santa Paulina, e os Beatos Assunta Marchetti e Mariano de la Mata.

No local da fundação da cidade, encontra-se hoje o Páteo do Colégio, com sua capela e o museu que conta sobre a história da fundação da cidade e sobre a atuação dos jesuítas. O prédio é novo, uma cópia fiel da construção em estilo colonial. Nas proximidades, temos a Catedral da Sé, imponente com suas torres góticas e sua imensa cúpula. O centro histórico guarda relíquias cristãs únicas, como o Mosteiro de São Bento, com sua majestosa basílica decorada em estilo beuronense. Os monges nele residentes, entoam todos os dias o canto gregoriano, sendo o ponto alto, a missa dominical das 10h. Bem próximo ao cenóbio beneditino, encontra-se a igreja de Santa Ifigênia, ela que no passado foi catedral provisória da arquidiocese. Também no centro, há o Convento de São Francisco, no Largo homônimo, mantendo sua característica colonial barroca. No mesmo estilo, na Rua do Carmo, esquina com a Rua Tabatinguera, uma igreja que fica aberta 24h, a dar assistência aos menos favorecidos, a da Boa Morte. Na Praça do Patriarca, Santo Antônio é venerado numa singela igrejinha. Estes edifícios denunciam a presença de Deus numa cidade rica e pobre ao mesmo tempo.

É preciso ainda hoje anunciar as verdades eternas e denunciar as injustiças que são visíveis nas ruas. O que faria José de Anchieta diante da visão tão horrível de moradores de rua? Frei Galvão ficaria indiferente? Santa Paulina passaria sem nada fazer? A santidade é ainda, um convite para hoje. Trabalho não falta. No silêncio da cidade, encontramos exemplos fascinantes da atuação paulina, e isto nos alegra. Precisamos lembrar todos os dias, com as nossas vidas, que Deus habita esta cidade.

São Paulo, rogai por nós!

 

 

 

 

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