Rezemos a oração de Santa Luzia

“Ó Santa Luzia, que preferistes que vossos olhos fossem vazados e arrancados antes de renegar a fé e conspurcar vossa alma; e Deus, com um milagre extraordinário, vos devolveu dois olhos perfeitos para recompensar vossa virtude e vossa fé, e vos constituiu protetora contra as doenças dos olhos, Eu recorro a vós, para que protejais minhas vistas e cureis a doença de meus olhos.
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Ó Santa Luzia, conservai a luz dos meus olhos para que possa ver as belezas da criação, o brilho do sol, o colorido das florestas, o sorriso das crianças. Conservai também os olhos de minha alma, a fé, pela qual eu posso conhecer o meu Deus, compreender seus ensinamentos, reconhecer o seu amor para comigo
e nunca errar o caminho que me conduzirá até onde vós, Santa Luzia, vos encontrais, em companhia dos Anjos e Santos.

Santa Luzia protegei meus olhos e conservai minha fé. Amém.

Pai Nosso…
Ave Maria…
Glória ao Pai…”

 

Conheça a história da Santa que preferiu arrancar os seus próprios olhos e renegar a fé em Nosso Senhor Jesus Cristo.

 

Santa Luzia ou Lúcia, cujo nome deriva do latim, é muito amada e invocada como a protetora dos olhos. Luzia, nasceu por volta do ano 280 D.C. em Siracusa na Itália, sendo filha de pais nobres.

Conta-se que pertencia a uma família italiana e rica, que lhe deu ótima formação cristã, ao ponto de Luzia ter feito um voto de viver a virgindade perpétua. Com a morte do pai, Luzia soube que sua mãe queria vê-la casada com um jovem de distinta família, porém pagão. Ao pedir um tempo para o discernimento foi para uma romaria ao túmulo da mártir Santa Águeda, de onde voltou com a certeza da vontade de Deus quanto à virgindade e ao sofrimento que passaria, como Santa Águeda.

Vendeu tudo, deu aos pobres e logo foi acusada pelo jovem que a queria como esposa. Santa Luzia, não querendo oferecer sacrifício aos deuses e nem quebrar o seu santo voto, teve que enfrentar as autoridades perseguidoras e até a decapitação em 303, para assim testemunhar com a vida, ou morte o que disse: “Adoro a um só Deus verdadeiro, e a ele prometi amor e fidelidade”.

Somente em 1894 o martírio da jovem Luzia, também chamada Lúcia, foi devidamente confirmado, quando se descobriu uma inscrição escrita em grego antigo sobre o seu sepulcro, em Siracusa, Ilha da Sicília. A inscrição trazia o nome da mártir e confirmava a tradição oral cristã sobre sua morte no início do século IV.

Mas a devoção à santa, cujo próprio nome está ligado à visão (“Luzia” deriva de “luz”), já era exaltada desde o século V. Além disso, o papa Gregório Magno, passado mais um século, a incluiu com todo respeito para ser citada no cânone da missa. Os milagres atribuídos à sua intercessão a transformaram numa das santas auxiliadoras da população, que a invocam, principalmente, nas orações para obter cura nas doenças dos olhos ou da cegueira.

Diz a antiga tradição oral que essa proteção, pedida a santa Luzia, se deve ao fato de que ela teria arrancado os próprios olhos, entregando-os ao carrasco, preferindo isso a renegar a fé em Cristo. A arte perpetuou seu ato extremo de fidelidade cristã através da pintura e da literatura. Foi enaltecida pelo magnífico escritor Dante Alighieri, na obra “A Divina Comédia”, que atribuiu a santa Luzia a função da graça iluminadora. Assim, essa tradição se espalhou através dos séculos, ganhando o mundo inteiro, permanecendo até hoje.

 

 

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