A festa da Sagrada Família é uma festa litúrgica na Igreja Católica Romana em honra de Jesus de Nazaré, sua mãe a Virgem Maria, e seu pai adotivo São José, como uma família exemplar. Servindo assim de exemplo para todos aqueles que constitui uma família.

Quando Deus decidiu que havia chegado o tempo de seu filho amado vir ao mundo para a salvação dos homens, Ele poderia ter feito isso de muitas maneiras, afinal, Ele é Deus Todo Poderoso. Mas Ele quis que seu filho chegasse como todos os humanos chegam a este mundo: no seio de uma família, tendo um pai e uma mãe.

A missão era importante porque era o filho de Deus que deveria nascer em nosso meio, por isso Deus escolheu para ser sua mãe uma mulher que era humilde e pura de coração, sem nenhuma mancha de pecado e que amava a Deus acima de todas as coisas. Por ser Deus, Jesus foi gerado em seu ventre por obra do Espírito Santo. Mas a família ainda não estava completa, faltava o pai.

Maria já estava prometida à casamento à José, homem justo diante de Deus, humilde e com o coração reto. Avisado em sonho pelo anjo, ele aceitou Maria e o filho que carregava no ventre e desde então dedicou sua vida para cuidar e zelar da sua família que era sagrada porque o próprio filho de Deus se fazia presente no meio deles.

O nascimento de Jesus no seio de uma família mostra a importância que a família possui para Deus no plano de nossa salvação. A família é o local onde somos acolhidos e onde aprendemos as noções básicas sobre o mundo que nos rodeia. Nós também recebemos de nossos pais a educação e os valores – o que podemos e não podemos fazer, o certo e o errado – construindo assim nosso caráter.

A educação familiar é insubstituível, sua preciosidade é incomparável. Não podemos delegar para a sociedade o direito divino que recebemos de Deus de educar nossos filhos. A sociedade atual está carente de valores e isso acontece porque as crianças não são mais ensinadas sobre os valores e base da moral cristã. Devemos viver nossa maternidade e paternidade com responsabilidade e temor divino.

Ter a sagrada Família de Nazaré como modelo é recordar que ela é a escola das virtudes onde podemos nos espelhar. Assim como na Família de Nazaré, a nossa família deve buscar ter Deus como o centro de tudo o que acontece em sua vida.

O silêncio é uma lição que podemos aprender com a família de Nazaré. Após o trabalho e orações do dia, o silêncio permitia o recolhimento interior, a meditar nas palavras ensinadas pelos profetas. Hoje falta em nossas famílias o silêncio. A televisão virou o centro da casa, sempre ligado em algum canal. Os celulares e tabletes, roubam o nosso tempo e diálogo em família, mas também a oportunidade de nos silenciarmos e meditar a palavra de Deus.

A oração é modo que Deus nos deu de estarmos em contato pleno com Ele, devemos rezar em família, ir à missa, participar de estudos bíblicos e das celebrações festivas, como a Sagrada Família que rezavam juntos e iam à Sinagoga ouvir a Sagrada Escritura e participavam das santas comemorações da época.

José era carpinteiro e ensinou sua profissão ao seu filho Jesus. Deste modo, também podemos compreender a importância e a nobreza do trabalho que não encontra um fim em si mesmo, ou seja, não devemos trabalhar para acumular bens e riquezas, mas devemos ver no trabalho uma forma de conseguirmos os bens materiais necessários para a vida neste mundo.

Por fim, a leitura dos Evangelhos nos faz identificar uma família que reza (Lc 2,41-42), busca a vontade do Pai (Mt 1,18-24; Mt 2,13-23; Mc 3,33), enfrenta as dificuldades, como a falta de hospedagem em Belém ou a perseguição de Herodes (Lc 2,1-7; Mt 2,13-18), trabalha (“não é este o carpinteiro, o filho de Maria?” – Mc 6,3), enfrenta a dura realidade da Cruz (Jo 19,25).

A devoção à Sagrada Família começou a ter grande popularidade no século XVII, quando os cristãos começaram a prestar atenção ao fato de que Jesus, o Filho de Deus, desceu do céu e se fez homem dentro de uma família. Ele nasceu numa família comum. Seus pais eram pessoas comuns, simples, trabalhadores, como tantas famílias espalhadas pelo mundo.
Maria, uma dona de casa, José um carpinteiro e Jesus, um filho exemplar e obediente. Uma família feliz e simples.

Depois que os cristãos descobriram esta riqueza maravilhosa, a devoção foi se propagando com velocidade pela Europa e, mais tarde, pelo continente americano, tanto do norte quanto do sul. A festa da Sagrada Família foi instituída pelo papa Leão XIII, em 1883. Depois disso, foi estendida pelo papa Bento XV a toda a Igreja.

João Paulo II, na Carta dirigida à família, por ocasião do Ano Internacional da Família, em 1994, escreve:

A Sagrada Família é a primeira de tantas outras famílias santas. O Concílio recordou que a santidade é a vocação universal dos batizados (LG 40). Como no passado, também na nossa época não faltam testemunhas do “evangelho da família”, mesmo que não sejam conhecidas nem proclamadas santas pela Igreja.

 

A família é o primeiro lugar de encontro com Deus, por isso ela é chamada de “igreja doméstica”. É na família que a criança aprende primeiro sobre Deus e é onde os pais podem viver sua vocação matrimonial. O Concílio Vaticano II reconheceu que todo batizado tem a vocação para a santidade. Assim sendo, devemos nos esforçar para que a santidade comece no seio de nossa família.

Que neste Natal, ao contemplar a Sagrada família no presépio, possamos refletir o quão despojados de bens materiais eles foram e o quão cheios da presença de Deus eles viveram durante todo o tempo de suas vidas.

 

Rezemos Juntos Esta Belíssima Oração Feita pelo Papa Francisco:

 

“Jesus, Maria e José, em Vós contemplamos o esplendor do verdadeiro amor e, confiantes, a Vós nos consagramos.

Sagrada Família de Nazaré, tornai também as nossas famílias lugares de comunhão e cenáculos de oração, autênticas escolas do Evangelho e pequenas igrejas domésticas.

Sagrada Família de Nazaré, que nunca mais haja nas famílias episódios de violência, de fechamento e divisão; e quem tiver sido ferido ou escandalizado, seja rapidamente consolado e curado.

Sagrada Família de Nazaré, fazei que todos nos tornemos conscientes do carácter sagrado e inviolável da família e da sua beleza no projeto de Deus. Jesus, Maria e José, ouvi-nos e acolhei a nossa súplica. Amém”.

 

 

 

 

 

 

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