São Francisco é um dos santos mais populares da Igreja Católica e não é à toa que ele sempre é venerado com muito carinho: sua vida foi de entrega e doação e um amor imenso por Jesus Cristo que o levou a abandonar tudo para segui-lo em vida de extrema humildade e pobreza. Conheça 13 momentos marcantes da vida deste grande santo.

 

1. Vida e morte

Nascido em 5 de julho de 1182, em Assis, na Itália, ele recebeu o nome de Giovanni (João, em português) de sua mãe, que era devota de São João Batista. Porém, seu pai havia acumulado uma grande fortuna após comércios feitos na França e por isso resolveu rebatizar o filho como Francesco (ou “francês”, em italiano).

Doente, Francisco morreu em 3 de outubro de 1226, sendo declarado santo apenas dois anos depois pelo então Papa Gregório IX. No dia seguinte, o Papa pessoalmente colocou a pedra fundamental para erguer a Basílica de São Francisco de Assis, em sua cidade natal. Sua festa é celebrada dia 04 de outubro.

 

2. Serviu na guerra

Na juventude de Francisco, por volta de seus vinte anos, uma guerra começou entre as cidades italianas chamadas Perugia e Assis. Ele queria combater mas foi feito prisioneiro onde permaneceu durante um ano e depois foi libertado ileso.

 

3. Sua vocação

Inspirado pelo Evangelho, ele decide viver uma vida de oração e doação aos pobres, por isso vende tudo o que possui e doa ao pároco da capela de São Damião. Ao saber o que tinha feito, seu pai mandou que ele voltasse para casa ou que renunciasse à sua herança. Francisco então renunciou a toda a herança devolvendo ao pai inclusive as roupas que vestia.

 

4. Fundação da Ordem dos Frades Menores (O.F.M.)

Francisco começou a anunciar a verdade de Cristo convidando outros a se associarem a ele na busca da perfeita santidade. Em 1210, quando o grupo contava com doze membros, São Francisco de Assis decidiu que eles se chamariam Frades Menores e redigiu uma regra pequena e informal.

Esta regra era, na sua maioria, os conselhos de Jesus para que possamos alcançar a perfeição. Com ela foram à Roma apresentá-la ao Papa. Lá, porém, relutavam em aprovar a nova comunidade. Eles achavam que o ideal de Francisco era muito rígido a respeito da pobreza. Por fim, porém, um cardeal afirmou: “Não podemos proibir que vivam como Cristo mandou no Evangelho”.

Receberam a aprovação e voltaram a Assis, vivendo na pobreza, em oração, em santa alegria e grande fraternidade. Considerando-se indigno do sacerdócio, São Francisco de Assis apenas chegou a receber o diaconato.

 

5. Vida de jejum e penitência

São Francisco realizava por ano três quaresmas, além de outro período de jejum e oração em honra de Maria Santíssima, por quem tinha especial amor. Certa vez,  sentindo-se fortemente tentado pela impureza, deitou-se sem roupas sobre a neve. Outra vez, num momento de tentação ainda mais violenta, ele rolou sobre espinhos para não pecar e vencer suas inclinações carnais.

 

6. Quaresma de São Miguel

São Francisco foi um grande devoto de São Miguel Arcanjo porque sabia que ele era encarregado de introduzir as almas no Céu e que podia salva-las em seu último instante de vida, além de ter o poder de retirar as almas que se encontram no purgatório e leva-las ao Céu. A sua devoção vinha do desejo que possuía em seu coração de salvar todos os homens.

Em razão dessa devoção ele iniciou no ano de 1224 a Quaresma de São Miguel, no qual vivia 40 dias de jejum e orações e finalizava no dia 29 de setembro, dia em que a Igreja celebra os Santos Arcanjos.

 

7. Os estigmas de Cristo

No ano de 1224, ao visitar o eremitério no Monte Alverne, São Francisco recebeu os estigmas de Cristo. Em uma visão, ele viu um Serafim de seis asas flamejantes, as quais duas elevavam-se por cima da cabeça, duas outras estavam abertas para o voo e às duas últimas cobriam-lhe o corpo cujas mãos e pés estavam estendidos e crucificados. Quando a visão desapareceu deixou o seu coração inflamado no amor de Cristo e apareceram em suas mãos e pés as marcas do cravo.

8. Participou do IV Concílio de Latrão

O IV Concílio de Latrão foi o concílio ecumênico da Igreja Católica no qual se ratificou a transubstanciação e a primazia papal, entre outras coisas. São Domingos, fundador da Ordem dos Pregadores ou Dominicanos, também esteve presente.

 

9. Pai espiritual de Santa Clara

A santidade de São Francisco de Assis lhe angariou muitos discípulos e atraiu também uma jovem de 17 anos de origem nobre. Desde o momento em que o ouviu pregar, Clara compreendeu que a vida que ele indicava era a que Deus queria para ela. Francisco tornou-se seu guia e pai espiritual. Nascia assim a Ordem Segunda dos Franciscanos, a das Clarissas.

 

10. São Francisco de Assis e os animais

A proximidade de Francisco com a natureza sempre foi conhecida. Seu amor universalista abrangia toda a Criação, e simbolizava um retorno a um estado de inocência, como Adão e Eva no Jardim do Éden. Conta-se que na floresta, em sua presença, os peixes saltavam da água e os pássaros pousavam em seus ombros.

 

11. Presépio

Foi criado por São Francisco em 1223. Ele montou o primeiro presépio em uma gruta, na Itália. Na época, a Igreja não permitia a realização de representações litúrgicas nas paróquias, mas ele pediu a dispensa da proibição, para relembrar ao povo a natividade de Jesus Cristo. O seu objetivo era facilitar a compreensão do nascimento de Jesus.

12. Túmulo perdido

Em 1230, quatro anos após sua morte, o corpo de São Francisco foi levado à basílica feita em dedicação a sua memória, mas a localização exata do túmulo acabou sendo escondida para evitar que invasores sarracenos fizessem alguma atrocidade. Com o tempo, a localização desse túmulo se perdeu, tendo ele sido reencontrado apenas seis séculos mais tarde, em 1818.

 

13. Vida de Santidade

São Francisco atingiu um estado de vida que deve ser buscado por todos nós cristãos: era fiel ao Senhor, firme nas resoluções, equilibrado, perseverante e sempre o mesmo. Rápido para perdoar e demorado para se irar, tinha a inteligência pronta, uma memória luminosa, era sutil ao falar, sério em suas opções e sempre simples. Era rigoroso consigo mesmo, paciente com os outros, discreto com todos.

 

Oração a São Francisco de Assis

 

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.

Onde houver ódio, que eu leve o amor;

Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;

Onde houver discórdia, que eu leve a união;

Onde houver dúvida, que eu leve a fé;

Onde houver erro, que eu leve a verdade;

Onde houver desespero, que eu leve a esperança;

Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;

Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre, Fazei que eu procure mais

Consolar, que ser consolado;

compreender, que ser compreendido;

amar, que ser amado.

Pois, é dando que se recebe,

é perdoando que se é perdoado,

e é morrendo que se vive para a vida eterna.

 

 

 

 

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